O porteiro do edifício onde Lennon morava, o Dakota, local do crime, acaba de afirmar que Chapman havia pegado um autógrafo à tarde e ficara no local até instantes atrás. Inexplicavelmente, disparou sete tiros no músico, quando este voltava de uma sessão de gravações no estúdio Hit Factory. O assassino permaneceu no local até a chegada da polícia, e foi preso sem reagir.
O corpo de John permanece no St. Luke Roosevelt Hospital, para onde foi levado às pressas após ser atingido. John foi mantido consciente até chegar ao hospital, mas não resistiu ao sangramentoe foi declarado morto às 23 horas e cinco minutos. Enquanto isso, uma multidão permanece em vigília em frente ao Dakota. O clima aqui é de tristeza e revolta. As pessoas rezam, cantam suas músicas, algumas choram copiosamente e outras chegaram a desmaiar.
John era um ativista engajado em promover a paz e pedir o fim das guerras. Assim como Martin Luther King, também assassinado há pouco mais de 12 anos, Lennon se torna um mártir da paz. A violência, que ele tanto condenou, fez escorrer 80% de seu sangue, tirou a sua vida e nos privou para sempre de sua presença.
John, que tinha 40 anos, deixa Julian e Sean Lennon, seus filhos e Yoko Ono, sua esposa. Além deles, um enorme legado musical, com canções que - hoje - soam como gritos pela paz e por dias melhores.
Paul, Ringo e George, com quem John formou a banda mais influente de todos os tempos, os Beatles, lamentaram profundamente a morte do antigo parceiro e devem comparecer ao seu funeral.
Esse andarilho se despede, em mais um 8 de dezembro, quando o mundo foi invadido por um mar de lágrimas e tristeza. Em breve voltarei, direto de algum lugar na história do Rock.
EXTRAS
Vídeo da rede BBC, de Londres sobre a morte de John. Clique aqui.
John e Marc David Chapman, momentos antes do assassinato:
John e Yoko - Foto de capa da Rolling Stone, tirada no dia da morte de John: